Escrito por Giovanna Barcelos, especialista em estratégia da The Bakery
Inovação corporativa foi por muitos anos associada a uma solução disruptiva, tecnológica, inspiradora e divertida. No entanto, o entendimento sobre inovação nas corporações precisa ser ampliado: e se as empresas a enxergarem como uma alavanca estratégica dos negócios? Isso significa entender que a inovação vai além de projetos de tecnologia. Ela é um componente-chave mesmo quando não falamos de disrupção e é um mecanismo de resiliência para as empresas.
Apenas metade dos executivos tem enxergado desta forma: segundo a pesquisa Most Innovative Companies 2024*, 48% dos executivos entrevistados sentiram que as organizações fizeram algum esforço para linkar as estratégias de negócio com as estratégias de inovação. Além disso, apenas 12% têm conseguido de fato gerar valor com este link.
Esse contexto nos leva a uma primeira explicação para os desafios atuais em gerar resultados relevantes e tangíveis por meio da inovação. Ela precisa ser incluída na resolução de desafios e na formulação das estratégias corporativas, mesmo que de curto-médio prazo. Ela não deve ser a protagonista mas, sim, encarada como uma competência que habilita formular cenários, lidar com incertezas e riscos, testar diferentes opções com agilidade, olhar para frente e para o mercado.
Em uma segunda perspectiva, esse contexto também levanta potenciais causas das dificuldades das empresas em se manterem relevantes e sustentáveis no longo prazo. Será possível pensar em estratégia corporativa sem pensar em inovação no contexto atual em que vivemos?
Te convido a refletir sobre o tema e a ampliar sua percepção de inovação como alavanca, na qual ambas as estratégias estarão conectadas. Tente fazer isso repensando talvez desafios/projetos que existem hoje na sua empresa, como “Minha margem vem caindo significativamente nos últimos anos e não conseguimos recuperar”; “Estou preocupado com as movimentações dos concorrentes e como me diferenciar”; “Não sei como melhorar meu produto ou serviço, visto hábitos de consumo das novas gerações”, entre outros.
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*Pesquisa realizada pelo BCG.