18 de September de 2024

ESG, inovação e música: como o Coldplay tem transformado o cenário mundial com ações sustentáveis

Apesar da sigla ESG (Environmental, Social, and Governance ou Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa) estar cada vez mais presente nas conversas corporativas e também em outras rodas, às vezes fica difícil de aportar o imaginário em ações concretas. Essas métricas, que existem desde 2004, auxiliam na avaliação de uma empresa sobre sua sustentabilidade em seus processos internos e investimentos. O que poucos sabem é que esse conceito pode ser aplicado até mesmo no mundo da música. 

Em 2021, a banda britânica Coldplay, fundada em 1996 por Chris Martin e Jonny Buckland, anunciou medidas inovadoras para minimizar seu impacto ambiental durante suas turnês mundiais. Isso aconteceu junto com o lançamento da Music of the Spheres World Tour, que trouxe uma série de iniciativas sustentáveis destinadas a transformar a indústria da música em termos de responsabilidade ambiental.

Tudo começou em 2019, quando Chris Martin declarou que o Coldplay só voltaria às turnês globais se conseguissem minimizar o impacto ambiental desses eventos. E eles fizeram a lição de casa direitinho. Definiram a governança do projeto, estabeleceram métricas e transparência, e detalharam um plano sustentável que pode ser conferido no site Coldplay Sustainability.

Entre as diversas medidas adotadas pela banda estão:

  • Plantio de uma árvore para cada ingresso vendido.
  • Shows com 100% de energia renovável.
  • Redução de 50% nas emissões diretas de carbono em comparação com a turnê anterior.
  • Geração de energia cinética a partir da interação dos fãs com o solo durante os shows.

Segundo a banda, isso é só o começo. O Coldplay sabe que, apesar de seus esforços, ainda haverá uma pegada de carbono significativa em suas turnês. Por isso, eles também se comprometeram a compensar esses impactos negativos, investindo em projetos de reflorestamento, energia renovável, conservação, regeneração e armazenamento de carbono. 

Brasil também em Ação: Neoenergia nos maiores festivais de música

E o Brasil também não fica atrás quando o assunto é sustentabilidade na música. A Neoenergia firmou parceria com grandes festivais para promover soluções de descarbonização. Durante uma cerimônia em 2023 no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, foi formalizado um compromisso para debater e implementar ações sustentáveis visando minimizar as emissões de carbono nos eventos.

Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia, destacou a importância da transição energética justa e inclusiva, ampliando a geração de energia por fontes limpas e influenciando os jovens na produção e consumo sustentáveis. A Neoenergia tem como meta reduzir a intensidade de CO² para 20g/kWh até 2030 e alcançar a neutralidade carbônica até 2050.

Entre as ações, a Neoenergia trocará uma lâmpada convencional por uma LED para cada pessoa presente nos festivais, beneficiando escolas, hospitais, instituições sem fins lucrativos e comunidades de baixa renda. Estima-se a troca de mais de 1,2 mil lâmpadas, integrando o Programa de Eficiência Energética regulado pela Aneel.

Com iniciativas impactantes e inovadoras, tanto o Coldplay quanto a Neoenergia mostram que é possível unir música e sustentabilidade, transformando eventos em exemplos de responsabilidade ambiental e social. E isso é só o começo! O que mais podemos esperar? Novas parcerias e ações inovadoras certamente virão, e a música continuará sendo um poderoso veículo para mudanças positivas no mundo.

E você, como tem atuado em prol do ESG no seu dia a dia? Compartilhe suas experiências e ideias com a gente!

Colaboração: Caroline Ribeiro

leia também

Publicações recentes

CVC: no contrassenso da estratégia, o efeito manada ataca novamente
CVC: no contrassenso da estratégia, o efeito manada ataca novamente

Prolongar a vida útil de uma companhia , além de mantê-la competitiva e lucrativa, deveria ser o objetivo principal de qualquer liderança. Nesse cenário, com o perdão a Fernando Pessoa, inovar é preciso, em um mercado que não é preciso. Estratégias de inovação, quando...